beline No capítulo quatro do livro “Economia em Uma Única Lição”, intitulado “Obras Públicas Significam Impostos”, o autor Henry Hazlitt discute os custos ocultos das obras públicas financiadas com dinheiro dos impostos.
Henry Hazlitt começa o capítulo explicando que muitas pessoas acreditam que as obras públicas, como estradas, pontes e edifícios governamentais, são benéficas para a economia e para a sociedade como um todo. No entanto, ele argumenta que essas obras são pagas com o dinheiro dos impostos, o que implica em custos ocultos para a economia.
O autor observa que:
“Não existe crença mais persistente e mais influente, hoje em dia, que a crença nos gastos governamentais. Em toda parte são eles apresentados como panaceia para todos os nossos males econômicos. Está a indústria privada parcialmente estagnada? Podemos regularizá-la por meio de gastos governamentais. Há desemprego? isso, obviamente, é causado pelo “insuficiente poder aquisitivo particular. O remédio é, também, óbvio”
Henry Hazlitt
Henry Hazlitt explica que, quando o governo constrói uma estrada, por exemplo, ele precisa de dinheiro para pagar pelos materiais e pela mão de obra. Esse dinheiro é arrecadado por meio dos impostos, que são pagos pelos cidadãos e empresas. Como resultado, o dinheiro que as pessoas gastariam em outras coisas, como investimentos ou consumo, é retirado da economia e usado para financiar as obras públicas.
Além disso, Hazlitt argumenta que as obras públicas podem ser ineficientes e gerar desperdício de recursos, uma vez que não são submetidas às mesmas pressões de mercado que as empresas privadas. Por exemplo, uma empresa privada que constrói uma estrada precisa se preocupar com a qualidade do trabalho, a eficiência dos custos e a satisfação do cliente, mas o governo pode não ter a mesma preocupação.
Hazlitt conclui o capítulo afirmando que as obras públicas financiadas com dinheiro dos impostos têm custos ocultos para a economia e que é importante considerar esses custos ao avaliar os benefícios dessas obras. Ele argumenta que, em muitos casos, a construção privada e o investimento em setores produtivos seriam mais benéficos para a economia do que as obras públicas financiadas pelo governo.